O Gambito da Rainha: 6 lições sobre moda e estratégia

O Gambito da Rainha: 6 lições sobre moda e estratégia

Se você passou batido pela série O Gambito da Rainha da Netflix, achando que xadrez não era assunto para você, pode voltar atrás – correndo. Além de estar sendo considerada a melhor produção do gênero em 2020, ela traz verdadeiras lições de moda e estratégia.

Para quem está em busca de inspirações para a próxima coleção de moda, a minissérie é um prato cheio de ideias incríveis. Aguce a sua sensibilidade e ponha a criatividade para trabalhar, porque aqui cada detalhe conta.

1. Atenção à forma de usar as referências em O Gambito da Rainha

Não basta querer revisitar outras décadas, é preciso saber encaixar as referências. E isso a figurinista de Berlim, Gabriele Binder, faz com maestria em O Gambito da Rainha.

Com looks inspirados em alguns dos maiores ícones do mundo da moda, como Audrey Hepburn, Jackie Kennedy e Grace Kelly, ela criou um guarda-roupa para Beth Harmon, personagem da atriz revelação Anya Taylor-Joy, capaz de traduzir sentimentos em escalada social e emocional, que expressam exatamente cada momento.

A paleta suave de cores consegue, ao mesmo tempo, passar conforto, energia e segurança conforme o tom da narrativa.

2. Uso da moda como reflexo da construção do personagem

O Gambito da Rainha começa com a protagonista perdendo a mãe, ainda na infância, em um acidente de carro, o que faz com que seja levada para um orfanato católico.

Nessa fase, o figurino austero reflete as regras rígidas do local e a impessoalidade. Ao ser adotada, Beth começa a se interessar por moda, tentando se enquadrar no estilo das outras meninas da mesma idade.

O figurino reflete essa busca pela identidade. Com o passar do tempo, Beth se torna mais segura de si. Esse recurso pode ser especialmente interessante na hora de construir a história do desfile da sua próxima coleção de moda.

3. A importância da aparência mesmo no home office

A moda das décadas de 50 e 60 são as inspirações de O Gambito da Rainha para mostrar a ascensão da personagem, descrever os movimentos culturais da época e entregar importantes mensagens subliminares.

O figurino, feito sob medida, retrata o envolvimento da personagem com o mundo da moda e como ele é usado para passar mensagens para os adversários no xadrez.

O uso estratégico da moda, que se mistura à própria estratégia do jogo, é um bom exemplo do uso da imagem para a construção da identidade de marca.

Além disso, mesmo em plena pandemia e com a adoção do home office, é importante criar limites estéticos, principalmente ao entrar em contato com clientes, fornecedores, parceiros ou a própria equipe de moda. Com ou sem pandemia, a imagem continua sendo tudo.

4. Saiba ouvir um “não” e aprender com ele, mesmo que seja sozinho

Muitas coisas dão errado no competitivo mundo da moda. Muitos “nãos” podem ser ditos e muitas portas podem se fechar. O Gambito da Rainha mostra que, longe de ser o fim do mundo, é preciso saber aprender também com as derrotas.

Na série, a protagonista tem o primeiro contato com o xadrez ao flagrar o faxineiro do orfanato jogando sozinho no porão, e na mesma hora ela pede para aprender. Mesmo com a resposta negativa, Beth não desiste e decide aprender por conta própria. Vendo o empenho, o faxineiro passa a ensiná-la.

No começo, Beth não ganha, mas através da observação e persistência, ela supera o faxineiro. Uma verdadeira lição para os negócios.

5. Peças garimpadas em meio às originais

Para compor o figurino, Binder fez uma exaustiva pesquisa de moda, criando um guarda-roupa invejável e que ilustra com perfeição as mudanças da protagonista.

No entanto, nem tudo são peças originais. Algumas foram feitas pela própria figurinista, mas outras foram garimpadas nas melhores lojas de fantasias da Europa.

Esse mix formou um figurino único, que “conversa” com o espectador, quase como um novo personagem próprio.

6. Esteja preparado para sair do roteiro

Nem tudo sai como planejado. Por isso, é importante planejar, mas também se preparar para possíveis improvisos, saindo do roteiro quando for preciso.

Em O Gambito da Rainha, a protagonista conhece as próprias fraquezas e pontos fortes. Um deles é a observação, que usa para aprender com os adversários. No entanto, além do conhecimento técnico, o jogo ganha força quando improvisa, saindo do lugar-comum e surpreendendo a concorrência.

Da mesma forma, o mundo da moda se reinventou com a pandemia, criando soluções que devem se consolidar de vez no novo normal.

Para quem está começando: ser novo não significa que tudo deve ser novo. Busque referências de sucesso, aprenda com os grandes nomes e saiba reverenciar o que deu certo para criar seu próprio estilo.

Para quem já têm uma longa jornada, improvisar pode dar um novo gás aos negócios. O que você pode fazer para criar diferenciais em inovação, sustentabilidade e solidariedade para aumentar sua identificação de marca no novo contexto?

E então, pronto para aproveitar essas 6 lições e jogar seu próprio jogo, criando um caminho próprio e inovador para sua marca?

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