


Já a Gucci, que tem a frente o estilista polêmico Alessandro Michele, apresentou um exuberante desfile em sua coleção inverno 17/18. Com um posicionamento diferente da antiga estilista da marca, Frida Giannini, e de toda a história da Gucci, Alessandro, busca atingir outras vertentes com seu posicionamento. Tecidos brilhantes e multicoloridos, unindo referências eruditas impressas em um mix de contrastes, inspirados nos jardins ingleses, se transformaram em lindas estampas florais, e animais exóticos como os coelhos, tigres e serpentes.



Alessandro tem a pretensão de aplicar outra linguagem para a marca, buscando uma maneira diferente de falar sobre beleza e sensualidade, buscando sempre destacar a individualidade de cada pessoa “A maneira como nos vestimos é realmente a maneira como estamos no momento”, acredita Alessandro. E para isso, está buscando dentro da sua própria história, onde o artesanato, por exemplo, se faz presente em suas coleções, mas também em sua infância, onde aprendeu crochê com sua tia.
Miuccia Prada apresentou um verdadeiro espetáculo de tradição em suas peças de sportswear. Sobreposições e peças coladas ao corpo foram associadas ao tema Femme Fatale, e o título do filme Fellini, de 1980, Cidades das mulheres. Segundo o bureau de pesquisa WGSN, o filme serviu de inspiração para apresentar uma silhueta marcada por cintos grossos, no contraste com a delicadeza dos veludos confortáveis e blazers sob medida. Cores exuberantes, como coral, mostarda e turquesa, foram impressas nos vestidos ultra feminino e delicadamente decorados.


Em suma, a tendência das grandes marcas é buscar a individualidade, o bem vestir e driblar a crise através de tecidos criativos, exuberantes, mangas bufantes da década 70 e 80. O maximalismo está com tudo! Tecidos de veludo, com brilho e apliques foram revisitados em recortes desconectados para apresentar ao público outras maneiras de usar uma mesma peça, por exemplo. E quando imprimimos nossa personalidade nas roupas, elas se transformam e contam uma história sem perder a essência das grandes grifes. E assim, feitos com maestria pelos grandes estilistas da temporada, imprimindo sua personalidade respeitando o passado com o pensamento no futuro é o grande trunfo do presente.