O fim das limitações espaciais e das distâncias geográficas, está cada vez mais próximo. Para quem achava que a internet já havia aproximado definitivamente as pessoas, chega o metaverso, com uma visão de mundo que mais parece ficção científica.
Essa é a realidade virtual. E o varejo já está começando a aproveitar algumas das possibilidades nesse espaço, mesmo que ainda seja só a ponta do iceberg.
Quem viu “Avatar”, o estrondoso sucesso de James Cameron em 2009, teve noção do que está chegando. Sim, a ideia pode não ser a interação com extraterrestres através de avatares, mas sim com outras pessoas em um ambiente virtual.
Nesse universo paralelo, deverá haver de tudo: museus, restaurantes, bares, praças, escritórios, residências, manifestações culturais e artísticas, moda, um forte mercado imobiliário e, claro, o varejo.
Metaverso: varejo em novas dimensões de tempo e espaço
O metaverso é um universo recente. Temos exemplos além do conceito de avatar do filme mencionado, que já tem 13 anos, existem jogos, como Fortnite e Pokémon Go, que também exploram esse mundo virtual.
Mas, é a partir de agora que as coisas começam a esquentar. O Facebook já mudou o nome para Meta, indicando o interesse em expandir esse espaço. A ideia, anunciada em 2021, é de se tornar uma empresa do metaverso em até, no máximo, cinco anos.
E se você acha que isso ainda está longe, saiba que imóveis milionários já estão sendo vendidos no metaverso (sim, imóveis!). E muitos deles para abrigar shoppings e centros comerciais, que deverão se concentrar em partes específicas desse novo mundo.
É o varejo se reinventado nessa nova dimensão de tempo e espaço, a ideia é melhorar e facilitar a jornada dos consumidores, tornando a compra de produtos e serviços uma experiência tridimensional muito mais imersiva e interessante.
O que já está acontecendo dentro do metaverso
E já tem muita coisa acontecendo por aí com os principais players da vanguarda do metaverso. Em 2021, a L’Oreal lançou a Signature Faces, a primeira coleção 100% virtual. Produtos como sombras e batons podem ser usados diretamente nas redes sociais ou em uma videoconferência de home office, por exemplo, no Google Chat e no Zoom.
Além da gigante da beleza, o Google, já criou a primeira experiência para o consumo de varejo online. A ferramenta de busca agora tem a funcionalidade que permite experimentar virtualmente, pela câmera frontal do smartphone, qualquer produto cadastrado. MAC, Estée Lauder e Charlotte Tilburry são algumas das marcas que já aderiram à proposta.
Muito interessante e inovador, mas é só o começo para o varejo. Por enquanto o metaverso ainda se parece mais com uma interface virtual, mas ao que tudo indica será muito mais que isso.
Será um lugar onde as pessoas se encontrarão, farão novos amigos, terão casa, clubes, bares, e provavelmente, algum dia, até irão ao cinema. Será, acima de tudo, um lugar de consumo, alavancado pela transformação digital que não tem limites.
Como deverá ser o mundo da moda no metaverso
Essa nova fronteira no mercado do varejo está se abrindo e o mundo da moda já está com um pé na passarela do metaverso. A startup estadunidense Digitalax, por exemplo, está desenvolvendo o “primeiro sistema operacional de moda para a Web 3” (leia-se metaverso).
Para isso, uma equipe de seis pessoas está virando noites para elaborar tudo o que é preciso para o mercado de moda. E não é pouca coisa: mercados, plataformas, campanhas de divulgação e até ferramentas para designers de moda digital.
A aposta é grande, assim como os resultados almejados. Para se ter uma ideia, o leilão pioneiro da Dolce & Gabbana, da primeira coleção em tolkens não fungíveis (NFTs), alcançou impressionantes US$ 5,7 milhões.
Mas a moda não é apenas colecionável, ela é, principalmente, feita para pessoas vestirem. E isso torna o varejo fashion praticamente um alicerce para a economia no metaverso. Esse mercado, aliás, englobando vestuário e cosméticos totalmente virtuais, já está avaliado em US$ 40 bilhões. Achou muito? Ainda não: a expectativa é de chegar a US$ 3 trilhões com a expansão do metaverso.
Atenção ao público-alvo continua sendo indispensável
O potencial do metaverso fica ainda maior se pensar que a Geração Z, a grande base atual de consumidores do varejo de moda, passa cada vez mais tempo conectada. Esses tomadores de decisão basicamente são as pessoas nascidas de 1995 até 2010, familiarizados com a internet e todos os recursos virtuais disponíveis.
Para os especialistas, em breve, a forma como apareceremos no virtual será tão importante quanto a forma que aparecemos na vida física, refletindo no metaverso o nosso estilo através da moda.
Em suma, é o fim da Web 2, que conecta pessoas, e o início de um novo mundo com a Web 3, que conecta pessoas, coisas e lugares. O metaverso é o próximo passo da criatividade do ser humano e o varejo de moda mudará para sempre com ele.
E você, está pronto para levar a identificação da sua marca para esse novo universo digital?
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