Quem é das áreas do marketing, moda e inovação, sabe que a Inteligência Artificial no varejo já está revolucionando a experiência do consumidor, trazendo novas formas das marcas se comunicarem com seu público.
A chamada IA generativa — técnica de algoritmos produzirem um conteúdo novo a partir de informações já existentes — é capaz de elevar o nível de personalização e eficiência, desde a cadeia de produção até o atendimento ao cliente.
Segundo uma pesquisa da Gartner, até o final deste ano as soluções de IA irão permitir um aumento de 25% na satisfação do cliente. Deste modo, esta é a hora dos varejistas explorarem as possibilidades, testando as ferramentas para implementá-las ao seu negócio nos próximos anos.
E para quem ainda está um pouco perdido neste boom de informações novas, vamos detalhar algumas destas inovações, com cases reais para inspirar você.
Aplicações e estratégias de Inteligência Artificial no varejo
Fonte: WGSN
• Codesign nas lojas físicas: imagine inserir dados de referência, como texto, imagens e vídeos em uma plataforma, e deixa-la criar um design totalmente novo para as suas lojas físicas? Isto é possível com ferramentas como GPT-4, Midjourney, DALL-E e Stable Diffusion, que desenvolvem modelos 3D virtuais e realistas.
A ideia é integrar essa inteligência artificial à inteligência humana, em uma cocriação da tecnologia com profissionais criativos, para obter resultados mais ágeis e assertivos. A empresa de arquitetura e design MG2 é um exemplo disto, com um case interessante: em fevereiro desde ano, desenvolveu um projeto completo de loja física com os recursos da Midjourney. O trabalho que normalmente levaria uma semana para ser concluído, ficou pronto em apenas oito horas.
• Experiências de compra aprimoradas: a utilização de chatbots durante a experiência de compra não é uma novidade. Mas agora, os chatbots de IA são capazes de gerar um grande volume de dados hipercustomizados. A varejista de luxo Zegna incorporou à sua plataforma de atendimento um software que envia aos clientes notificações sobre novos produtos e cerca de 49 bilhões de combinações de looks por WhatsApp, SMS ou e-mail. A implementação rendeu um aumento de 45% na receita da marca.
• Reabastecimento por meio da tecnologia: com base em dados, a inteligência artificial também irá ajudar a prever o que o cliente quer e o que irá consumir, antes mesmo que ele saiba. Possibilitando a oferta de promoções e recomendações personalizadas, as marcas podem utilizar a tecnologia para ajudar as pessoas a encontrar os produtos desejados, fidelizando os consumidores que prezam pela conveniência.
Um case interessante sobre isso é a rede de supermercados canadense Skip, que desenvolveu um livro de receitas virtual com ajuda de IA. De acordo com a variação dos preços dos alimentos, o livro traz sugestões semanais de produtos e receitas, ajudando o cliente a potencializar seu orçamento.
• Automação na cadeia de produção: o gerenciamento de inventário sempre foi um desafio para o varejo, e com a IA será possível prever riscos comerciais, mudanças de mercado e problemas de abastecimento, gerando mais sincronia e redução de custos. A rede de supermercados americana Albertsons conseguiu reduzir o desperdício de alimentos em 25%, com a criação de uma plataforma que permite que as equipes das lojas ordenem e planejem melhor o estoque de produtos frescos.
Impacto humano nos negócios
O tema da IA está super em alta, mas é importante frisar que os varejistas precisam realizar testes para entender o solo onde estão pisando. Segundo o Goldman Sachs, cerca de 300 milhões de empregos podem ser impactados pela IA generativa, por isso a capacitação e treinamento dos funcionários será imprescindível.
Em longo prazo, estas tecnologias terão impactos positivos e negativos, e seu uso de forma ética envolve a combinação da inteligência humana e artificial para criar conteúdo de valor aos consumidores.
No último ano, outra tecnologia bastante discutida e explorada pelas marcas foi o metaverso, abrindo muitas portas para a imaginação e inovando a criatividade no varejo. Entenda como o metaverso invadirá o varejo.
