Considerado um dos maiores nomes da arquitetura modernista, Antoni Gaudí é reconhecido mundialmente por seu talento e estilo único.
Sua identidade peculiar possui como principal expressão as formas livres, as misturas de cores e texturas ricas, que resultaram em construções de beleza incomparável.
As obras de Gaudí são vistas como revolucionárias, inovadoras e até um pouco excêntricas, tornando-se uma importante referência do universo do design e inspirando a criação do novo Book Haco, intitulado (In) Orgánico.
A história de Antoni Gaudí
Nascido no ano de 1852 em Catalunha, na Espanha, Antoni Gaudí iniciou seus estudos em arquitetura aos 21 anos de idade, na Escola de Arquitetura da Universidade de Barcelona.
No começo da carreira, seus projetos seguiam os estilos vitoriano e mourisco (arte hispano-muçulmana). Ao longo de sua trajetória profissional, Gaudí transitou também pelo barroco, gótico e art noveau.
Posteriormente, começou a desenvolver seu estilo próprio e surpreendente, com composições geométricas nunca usadas antes na arquitetura. Através de cerâmicas coloridas, tijolos, pedras e estruturas metálicas, suas ambientações imprimem movimento e força.
Suas principais obras
Quando ainda era menino, Gaudí sofreu uma doença reumática e por isso não podia brincar como as outras crianças. Na casa de campo da família, impedido de aproveitar a natureza à sua volta, aprendeu a contemplá-la de um modo particular.
Vem daí a maior inspiração de suas criações: as formas naturais. Os ângulos imperfeitos de flores, árvores, ondas, galhos e montanhas embasam suas criações complexas e irreverentes.
Dentre suas obras mais famosas, estão: a basílica Sagrada Família, a Casa Milà, a Casa Batlló, o Parque Güell e a Casa Vicens, todas localizadas em Barcelona.
Sagrada Família
A Sagrada Família está localizada em Barcelona, na Espanha, e é um dos principais pontos turísticos da região.
Elementos inspirados pela natureza, vitrais coloridos e esculturas delicadas formam a complexa estrutura da basílica.
Gaudí projetou as colunas internas para se assemelharem a árvores, que crescem do chão ao teto. Assim, o visitante tem a sensação de estar caminhando por um jardim botânico ao invés de uma igreja.
Diferente de outras catedrais onde a luz vem somente de cima, os vitrais da Sagrada Família vão praticamente até o chão.
Assim, a luz solar projetada cria uma sinfonia de cores, atingindo seu ápice no fim da tarde, quando os tons avermelhados do pôr do sol inundam o local.
Um fato curioso é que a construção da Sagrada Família permanece inacabada até hoje.
A obra teve início em 1882, e precisou ser interrompida em 1936 quando uma parte foi destruída em um incêndio durante a Guerra Civil Espanhola.
Ao longo dos anos, 7 arquitetos lideraram o seu andamento e a conclusão da sua estrutura está prevista para 2026, ano do centenário da morte de Gaudí.
Casa Milà
Também conhecida como La Pedrera, a casa Milà tornou-se um marco na história da arquitetura.
Construída entre os anos 1905 e 1907, a casa leva este nome devido à Roger Segimon de Milà, empresária para quem Gaudí projetou a casa.
Sua fachada ondulada, feita de pedra esculpida, dá a impressão de que a construção é uma forma original da própria natureza. Os parapeitos das varandas são feitos de ferro forjado e lembram folhagens robustas.
O edifício possui 9 andares, com 2 pátios internos. O telhado conta com um terraço escultural, com chaminés e torres de ventilação esculpidas em formato de guerreiros surrealistas.
Atualmente, os espaços da Casa Milà são utilizados para diferentes fins: comercial, administrativo, social, cultural, turístico e residencial.
Casa Batlló
A Casa Batlló foi construída entre 1904 e 1906, em Barcelona, e nasceu de um redesenho de Antoni Gaudí para um edifício já existente. Josep Batlló, um empresário espanhol, adquiriu o imóvel e chamou o arquiteto para transformar o local.
Inspirada pelas cores e formas da vida marinha, possui uma fachada composta por trencadís – mosaicos feitos com pedaços irregulares de cerâmica – que lembram as ondas de um mar calmo.
Suas janelas ovais e irregulares são esculpidas em pedra. As colunas dos andares principais são moldadas como ossos, enquanto as grades das varandas têm o formato de máscaras.
A Casa possui dois pátios centrais iluminados por uma claraboia principal, e são revestidos de azulejos em tons de azul, que transmitem a sensação do visitante estar imerso no fundo mar.
Outro elemento que chama a atenção é o telhado, feito de azulejos coloridos e cintilantes, lembrando as escamas de um dragão.
Parque Güell
O Parque Güell é um jardim de elementos peculiares e atmosfera mágica, construído em Barcelona no ano de 1900.
Inicialmente era uma área particular, projetada por Gaudí para o empresário Eusebi Güell. Tornou-se público apenas em 1922, abrindo suas portas para que visitantes conhecessem seu cenário repleto de formas onduladas, estátuas e figuras de animais.
O que mais chama atenção são os mosaicos, que colorem todo o parque. Em sua área central encontra-se um banco com 110 metros de comprimento, que se assemelha a uma serpente, coberta por pedaços de cerâmica.
O local também abriga o Casa Museu Gaudí, que foi a residência de Antoni Gaudí por quase 20 anos, de 1906 até o final de 1925, e onde atualmente são expostos móveis e objetos criados pelo arquiteto.
O Parque Güell é hoje um dos principais destinos turísticos de Barcelona e um dos mais reconhecíveis pontos de referência da cidade.
Casa Vicens
Primeira grande obra de Gaudí, a Casa Vincens foi construída em 1885 para ser a residência de verão do economista Manuel Vicens.
A casa de 4 andares destaca-se pelo seu estilo árabe, com cores, texturas e formas chamativas, tanto na parte exterior quanto em seu interior.
A fachada é feita de azulejos de cerâmica verdes e brancos, mesclados com azulejos pintados de flores calêndulas, que revestem também outros pontos da casa, como o hall de entrada.
Em seu interior, os tetos são decorados com madeira policromada.
Portas, janelas e paredes também são ricos em detalhes, fazendo com que cada cômodo gere uma experiência particular, repleta de inspirações.
Com todas estas inspirações, o novo Book Haco apresenta padrões abstratos e cores vibrantes, que refletem a paleta de cores naturais encontradas em toda a cidade.
Kits completos de identificação transmitem a arte irreverente do arquiteto, desde os mosaicos do Parque Güell, às torres inclinadas da Casa Batlló, até a mistura de metal e pedraria da Sagrada Família.
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